No último post sobre a viagem da nossa consultora Carol Pereira pelo Grande Expresso Transiberiano chegamos a majestosa Rússia. A viagem segue pelo país com mais amizades dentro do trem. Os passageiros nesse ponto já conversam sore tudo e os encontros nos corredores dos trem se tornam mais atrativos do que ficar na própria cabine: viajar com grupos é conhecer várias culturas vivenciando a mesma experiência que você: a sensação é de que todos somos uma grande família, com irmãos mais chegados e outros nem tanto só por conta da barreira linguística.
A primeira parada do dia é em Irkutsk. A cidade é muito limpa e apresenta a típica infraestrutura de cidade mediana: com o necessário para morar, estudar e comprar… Tivemos um tempo livre no centrinho da cidade, uma rua de pedestres com várias lojas turísticas, bares e um shopping (igualzinho aos bons shoppings de São Paulo). Nesse momento se percebe que, diferente do que muitos imaginam, a Sibéria tem vida, muita vida, céu azul e paisagens lindas, incluindo as urbanas, com casas antigas em madeira todas desenhadas tipicamente nos batentes das portas e janelas.
Após o passeio no centrinho, fomos para o ponto alto do dia: Concerto na Casa dos Dezembristas. O palacete é bem pequeno, simples, antigo. Ele abrigou os chamados dezembristas, que foram os revolucionários russos da nobreza que se levantaram contra a autocracia tzarista (isso ocorreu em 14 de dezembro de 1825, e por isso foram nomeados “Dezembristas” e daí o nome) e ficaram exilados nesse casarão com suas esposas, que preferiram acompanhá-los em sua reclusão.
Por dentro, a casa é muito linda e conservada. O mobiliário e algumas peças se tornaram peças do museu. O guia conta as histórias e hábitos da casa, como a separação de homens e mulheres nos jantares: os homens iam falar de política e as mulheres para sala de piano para fazer os seus saraus. Quando levados até a sala do concerto uma surpresa: a chance de viver a experiência do próprio sarau!!! Uma pianista e dois cantores conduzem um dos pontos altos da viagem, que é brindado com champagne!
No dia seguinte a parada é em Krasnoiarsk. A cidade que foi por muito tempo “fechada” durante os tempos soviéticos. Ela tem aquela cara de Rússia dos filmes, meio cinza, apesar dos prédios mais coloridos e das largas avenidas ensolaradas com pessoas andando de bicicleta. A rua do comércio local é bem bonita e enfeitada com flores. O sol da cidade engana: você passa calor como nunca imaginou passar na Sibéria, mas logo precisa de uma blusa.
O ponto alto do dia não está na visita dessa cidade e sim no mini-cruzeiro de 1h pelo Rio Ienisséi. Nossa consultora é recebida por senhoras russas em trajes típicos. Assim que o barco parte a música começa e as senhoras com caras de sérias se abrem em sorrisos e cantoria junto com o arcodeón e mais dança! Um brinde é feito com vodka e petiscos e tudo vira festa para os brasileiros.
Após esse passeio, volta-se para o trem. Importante ressaltar que durante a permanência dentro do trem há música russa no ambiente e palestras sobre a vida dos russos nos tempos soviéticos, além de outras histórias dos czares. Pode-se também ter algumas aulas sobre o alfabeto russo para se ler algumas palavras na rua em russo.
A manha seguinte é em Novossibirsk. A cidade recebe os visitantes com uma chuva fina e um frio de 10°. O almoço acontece em um hotel e logo depois há um tempo livre para um giro na cidade, passando pelo mercado da cidade com opções de compras de peixes, frutas, biscoitos, chocolates, doces, souvenirs, roupas, cosmético e várias outras coisas. Aqui é um bom lugar para se aventurar sozinho e tentar algumas palavras em russo: os vendedores sâo simpáticos e profissionais e ajudam nas compras dos turistas.
Mesmo com chuva, o dia na cidade foi proveitoso. De volta ao trem, conversa segue sobre a experiência de cada um nas compras… A viagem na Rússia já chegou na metade! Continue acompanhando!
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