Se você tem vontade de conhecer os castelos da Alemanha, nesse artigo irei contar todos os detalhes de minha viagem de trem por essa região. Sou Daniela Bigas, consultora de viagens do Grupo TT Travel (TT Operadora e Trains & Tours).
É um roteiro muito bom para quem dispõe de pouco tempo, pois passei menos de 24 horas em cada cidade. A seguir compartilho algumas dicas com você!
Trem de Frankfurt para Heidelberg
Viajei de São Paulo a Frankfurt para um treinamento de dois dias. Não tive muito tempo para explorar a cidade, mas fiz o city tour que sai da Estação Central (também conhecida como Hauptbahnhof) e dura uma hora e meia. Você paga 12 euros e pode descer nos pontos de parada, se quiser.
Me hospedei no Motel One, com qualidade equivalente ao Íbis Budget, confortável e com um bom café-da-manhã. O únicoporém é que não possui restaurante e fica em uma região empresarial, onde não há opções para comer a noite.
Após o fim do treinamento, peguei o trem ICE (InterCity Express, trem alemão de alta velocidade) das 19h para Heidelberg, em uma viagem de 50 minutos. Chegando lá pensei em ir a pé até o Castelo de Heidelberg (ou Schloss Heidelberg), e caminhei por uma hora até a Ponte do Rio Neckar. Dali eu avistava o castelo, mas fui informada de que seria impossível ir a pé. Como já estava escurecendo, voltei para o hotel.
O Castelo de Heidelberg
Em Heidelberg fiquei no Íbis, que é muito bem localizado, perto da estação de trem e de vários restaurantes. Na manhã seguinte saí para finalmente conhecer o Castelo de Heidelberg. Em frente à estação de trem peguei o ônibus 33 e desci na parada Bergbahn. Lá embarquei em um funicular (uma espécie de trenzinho que te leva até o castelo), cujo valor já está incluso no ingresso para o castelo, que você compra antes de embarcar. Eu optei pela opção sem guia, que custou 6 euros.
A vista lá de cima para o Rio Neckar é deslumbrante. No século XVII, o castelo era considerado a oitava maravilha do mundo. Se tiver tempo, aproveite para visitar o Deutsches Apothekenmuseum, o Museu da Farmácia que fica no castelo.
Eu recomendo a visitação na parte da manhã, pois notei que à tarde os pontos turísticos ficam mais cheios.
Trem de Heidelberg para Colônia
Depois de conhecer o castelo já embarquei em um trem local com direção a Mannheim, uma viagem de apenas 15 minutos. De lá peguei o trem suíço Eurocity com destino a Colônia. A viagem durou uma hora e meia e foi muito agradável, pois além das paisagens incríveis o trem é muito confortável. Aproveitei para almoçar no vagão restaurante e paguei 20 euros em um prato muito saboroso.
Existem opções diretas para Colônia, mas essa conexão em Mannheim para pegar o Eurocity é necessária para aqueles que desejam ver os castelos ao longo do Rio Reno, como era o meu caso. Esses castelos serviam como postos de segurança e pedágio para as embarcações que transportavam mercadorias.
Do trem você avista os castelos Marksburg, Stahleck e Rheinfels, além do Mosteiro Eberbach, onde foram feitas as filmagens internas de “O Nome da Rosa”. Hoje é uma vinícola. Aliás, para quem dispuser de mais tempo, uma ótima dica de passeio é conhecer as vinícolas da região do Vale do Reno.
Como minha programação estava mais apertada não pude parar para conhecer esses castelos, mas as entradas custam em média 7,50 euros.
Conhecendo a Catedral de Colônia
A Catedral de Colônia (também conhecida somente como Dom, do alemão Kölner Dom) é um passeio imperdível, pois sua arquitetura gótica é belíssima e a visita é gratuita. A Catedral é um marco da cidade e sua estrutura é impressionante.
Agosto é verão na Alemanha e estava bem quente, mas chuvoso, então caminhei apenas pelas proximidades da Catedral, onde existem vários bares onde é possível saborear a cerveja com sabor de frutas, bebida famosa na região.
Uma rua muito bacana de visitar é a Hohe Strasse, a Rua dos Pedestres (uma das mais antigas da Alemanha), onde você encontra lojas de vários tipos, desde lojas de lembrancinhas até as mais sofisticadas, como Prada, Michael Kors e Pandora, passando por grandes redes como Zara e H&M. Não deixe de visitar a loja oficial da famosa Água de Colônia, bem no início dessa rua.
Passei a noite no Tryp by Wyndham, um ótimo hotel no centro da cidade, em frente à estação de trem. De manhã fiz o city tour (24 euros), que passa por muitos museus (como o Museu do Chocolate, por exemplo), pelo zoológico, pelo aquário e por muitas construções medievais. Passamos também por uma Estação de Turismo, que além de fornecer informações úteis tem uma loja de souvenires.
Trem de Colônia para Bruxelas
Em Colônia embarquei no trem de alta velocidade Thalys com destino a Bruxelas. A viagem durou 1 hora e 50 minutos. A refeição servida estava excelente.
Em Bruxelas visitei a Grand Platz, a praça principal da cidade. Lá, aproveitei para conhecer de perto o famoso Manneken Pis, o menino que faz xixi. Sua história é curiosa: contam que esse menino era filho de um militar, e que foi encontrado fazendo xixi no meio das árvores durante uma batalha, o que acabou virando um símbolo de coragem.
Me hospedei no ótimo Hotel Park Inn by Radisson Brussels Midi, em frente à estação de trem Bruxelles Midi. São 20 minutos de caminhada desse hotel até o centro da cidade, em um percurso bem tranquilo de se fazer a pé.
Trem de Bruxelas para Frankfurt
No dia seguinte peguei o trem direto para o aeroporto de Frankfurt para voltar ao Brasil. Esse trecho leva duas horas e meia e a reserva de assento custou 4,50 euros. A reserva de assentos não é obrigatória dentro da Alemanha, mas é recomendável para viajar com total tranquilidade.
Durante toda a viagem usei o Benelux German Pass, passe de trem que permite viajar pela Alemanha, Bruxelas, Holanda e Luxemburgo. Somente viajei para Alemanha e Bruxelas, mas se quisesse poderia utilizar nos outros dois países também. O meu passe era válido por quatro dias e custou 304 euros na primeira classe.
Estações de trem na Alemanha
O embarque em todas as estações é muito tranquilo, mas o ideal é levar uma mala pequena, já que não há carregadores. Caso vá passar apenas algumas horas em uma das cidades, é possível guardar a bagagem em um armário, disponíveis em todas as estações de trem. Além disso, as estações são ótimos lugares para comprar algo que estiver precisando ou até mesmo um presentinho que estiver faltando, pois todas têm lojas, mercados e farmácias, além de Internet grátis.
Faria tudo novamente
É uma viagem muito interessante e agradável, que pode ser desfrutada de várias maneiras: em casal, em família, com um grupo de amigos, etc. Há diversão e cultura para todas as idades. Além disso, o povo alemão se mostrou muito hospitaleiro e simpático sempre que precisei.
Se restou alguma dúvida a respeito de minha viagem, deixe sua pergunta nos comentários e terei prazer em ajuda-lo (a).
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