“Aqui começa a Rússia”, diz um letreiro de boas-vindas na cidade de Petropavlovsk-Kamchatski. No entanto, a capital de Kamchatka não é lugar convencional, pois parece a porta de entrada para um mundo repleto de belezas ainda inexploradas.
Pouquíssimos lugares no planeta têm uma beleza tão primordial, dramática e extraordinária quanto essa península que fica no leste do país. Portanto, é um destino imperdível para amantes da natureza.
Se você é uma dessas pessoas, conheça a história da Península de Kamchatka e descubra o que pode esperar desse lugar que não deve demorar a cair no gosto dos aventureiros brasileiros!
A história de Kamchatka
A Península de Kamchatka costumava ser habitada por populações autóctones. Estimativas recentes apontam que elas pisaram pela primeira vez nessa região há mais de 15 mil anos.
O estilo de vida desses povos era determinado pelos recursos que encontravam. Os Itelmens eram pescadores; já os Koryaks e os Evens eram caçadores e pastores de renas.
Estimulada por histórias de uma terra de fogo que era rica em carnes e peles, a Rússia reivindicou a Península de Kamchatka para si no fim do século XVII. Inclusive, dois assentamentos de cossacos foram construídos por lá.
Em 1724, o imperador Pedro, o Grande, enviou o navegador dinamarquês Vitus Bering à costa nordeste da Rússia. Ele conduziu duas expedições a Kamchatka. A capital da península acabou sendo nomeada em homenagem a dois de seus navios.
Após a União Soviética sair vitoriosa da Segunda Guerra Mundial, a península se transformou em um campo de testes para mísseis balísticos intercontinentais. Só pessoas que moravam ou trabalhavam na região tinham acesso autorizado.
Com o fim do regime comunista, Kamchatka deixou de ser considerada uma zona militar e passou a chamar a atenção de viajantes interessados em natureza e paisagens de encher os olhos.
Os principais atrativos da península
Vulcões
A superfície da Península Kamchatka é simplesmente pontilhada por vulcões. São mais de 300, sendo que 29 deles estão em atividade e são considerados patrimônios da Unesco.
Uma das atividades favoritas dos viajantes que resolvem desbravar a região é escalar os vulcões considerados extintos para contemplar a paisagem do alto. Simplesmente espetacular!
Gêiseres
Sem dúvidas, esses são os atrativos mais famosos da Península de Kamchatka! São 90 nascentes termais que se concentram em um vale e formam o segundo maior campo desse tipo no planeta.
A maneira mais fácil de chegar até lá é contratando um serviço de helicóptero. Essa experiência é particularmente emocionante porque as aeronaves remontam ao período soviético.
Fontes termais
Não é fácil lidar com as temperaturas baixas típicas de biomas como a tundra. No entanto, os visitantes da Península de Kamchatka têm a possibilidade de enfrentar o frio com banhos em fontes termais.
As temperaturas das águas dessas fontes tendem a variar entre 30ºC e 40ºC. Provavelmente, as mais conhecidas são as de Khodutka, Malki, Nalychevo, Verkhne-Paratunskie e Vilyuchinskie.
Lagos
Lagos também se espalham em abundância pela Península de Kamchatka. Alguns são povoados por ursos marrons em busca de peixes e servem como ponto de observação desses animais. Kurilskoye é o principal deles!
Os vulcões também contribuíram para a formação de lagos para lá de exóticos. Mutinovsky guarda um lago de gelo azul brilhante e Gorely conta com um lago quente de ácido sulfúrico turquesa, por exemplo.
Vilarejos
Como você viu, Kamchatka tem um longo histórico de invasão e destruição. Mesmo assim, é possível encontrar descendentes dos povos originais que preservam os costumes de seus antepassados.
Os lugares onde eles vivem normalmente só podem ser acessados por ar e mar. As vilas mais populares são Pimchakh e Esso, cujos moradores já estão acostumados a receber visitantes.
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