A viagem de nossa consultora Carol Pereira que começou a ser contada nos posts anteriores ainda está na metade: no ponto que o trem chega a grandiosa Rússia!
A primeira cidade visitada é Ulan Ude, que apresenta uma mistura dos povos russos e mongóis. A região, que é conhecida como Buriatya, não tem uma quebra brusca de diferenças: apesar de estar na Rússia, a religião predominante é o budismo. A mistura entre etnias dos dois povos evidência a miscigenação – de fato a cidade é uma das paradas mais exóticas da rota, o ponto de encontro entre o leste e o oeste.
O jantar da noite é feito nessa cidade: uma sopa deliciosa novamente e um belo prato de filé de peixe com purê de batatas… Volta-se para o trem para passar a noite. Nesse momento, antes de dormir, aproveite uma das mais belas visões da viagem: O céu estrelado e as curvas dos caminhos de ferro, onde se vê a pontinha do trem lá na frente se esticar em direção ao oeste, adentrando cada vez mais na imensidão que é a Rússia. É o momento de se viajar na história dessa, que é a maior linha férrea do mundo (já contamos a história dela aqui no blog! Veja nesse artigo).
A manhã seguinte começa maravilhosa. A visão da janela é uma das mais esperadas da viagem: o majestoso Lago Baikal se apresenta, emoldurado pelo céu azul e o sol. Não existe amanhecer melhor que esse. Assim que o trem para na estação que fica bem ao lado do Lago Baikal, descemos e saímos livremente para conhecer o vilarejo local chamado Slyudyanka, com suas casinhas. O clima é gelado pela manhã, mas, à medida que o tempo passa, o sol vai ficando mais alto e o tempo vai melhorando. Vale até se arriscar e molhar os pés no Lago (e descobrir que a água não é tão fria assim).
Nesse dia, uma Maria Fumaça é colocada para puxar o trem – e lógico, todos aproveitam para fazer fotos! Alguns aproveitam para meditar nas pedras que ficam ao longo da margem do lago ou colher as belas selvagens das margens do Bikal. Para completar a manhã, com uma taxa extra de 10 euros, pode-se andar parte traseira do trem, ao ar livre, desfrutando de toda a paisagem que a estrada que circunda o Baikal oferece. Ao longo do passeio outros trens passam próximos ao Grande Expresso Transiberiano, cheios de passageiros que também se encantam com o Baikal e que tem a sorte de morar próximo a este local (que fica todo congelado no inverno e no verão atrai diversos tipos de pessoas, como mochileiros que passam a noite na beira do lago, em campings ou sozinhos no meio da natureza).
Na hora do almoço chegamos à estação principal, ainda ao lado do Lago Baikal, onde somos recebidos com dança e música russa, onde somos convidados a deixar a timidez de lado e fazer com que todos participem emu ma grande roda junto com os simpátios russos. Após a recepção, somos apresentados a uma grande mesa com churrasco de carne, peixe, frango, tomate, azeitona, beringela, Omul (o peixe do Baikal) e vinho!
Atravessamos o Lago Baikal em um pequeno barco com músicos e dança a bordo – tudo é motivo de diversão! Vamos até o vilarejo Listvyanka, que se parece muito com a Riviera Francesa. Lá encontra-se muitos visitantes em trajes de banho, crianças brincando na areia, turistas enchendo as lojas de suvenires e um mercado típico de praia que vende de tudo: desde o peixe Omul defumado e pronto para comer até artigos decorativos, bijuterias e biscoitos… Mais um momento para quem ama comprinhas!
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A recepção na Rússia é maravilhosa! E esses foram só os primeiros dias no país, nessa viagem transformadora… Continue a acompanhar aqui no blog os próximos dias dessa viagem!
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